Associação Cultural e Recreativa “Os Figueirenses”

É espantoso que uma aldeia com apenas 158 habitantes tenha uma capela bem cuidada e, à sua ilharga, a sede da Associação Cultural e Recreio Os Figueirenses, bastante espaçosa e bem funcional.

Tudo começou em 1993, quando a mordomia das festas em honra de Santa Eufémia aplicou o saldo na compra de um terreno para a futura sede. Entretanto, no dia 25 de Novembro de 1994, era feita a escritura pública no Cartório Notarial de Anadia, com a presença de 15 sócios. Um outro passo era entretanto dado: em 7 de Janeiro de 1995, era realizada uma assembleia eleitoral, com a presença de 21 elementos, sendo eleitos os primeiros corpos sociais (20 votos a favor e 1 abstenção) e elaborada a 1ª ata. Era assim constituída: presidente, Amílcar Jesus Almeida; vice, Manuel Martins Gomes; secretário, Victor Sampaio da Silva, e tesoureiro, Manuel Reis Simões. Eram eleitos também a Assembleia Geral e o Conselho Fiscal. Os dirigentes foram reeleitos por 4 vezes, até 2003.
O objetivo maior era a construção da sede. Para a angariação de fundos, foi explorado um bar, onde conseguiram realizar algum dinheiro, com que foram iniciadas as obras. Depois, seguiu-se um peditório na povoação que constituiu uma boa ajuda. Por sua vez, a CMA contribuía generosamente com materiais, com o empenho do Prof. Litério Marques. Foi ainda organizado um jantar com a participação de 300 convidados. Houve também a ajuda de várias empresas e dos emigrantes. Mas as dificuldades eram sempre muitas e a Direção teve de contrair um empréstimo bancário, que foi pago em 12 mensalidades. É que, embora tendo apresentado várias candidaturas, através do Governo Civil, nenhuma foi aprovada.
A sede, uma obra de que a população muito se orgulha e onde novos e idosos se juntam para ocupar um pouco os tempos livres, é constituída basicamente por: casa de arrumos, um salão equipado para café, um salão de jogos, uma sala de Direção, cozinha e casa de banho, no rés-do-chão; salão amplo no primeiro piso, que serve para serviços de almoços, passagens de ano, festas e outros eventos. Possui ainda um bar exterior.
A frontaria dá para um espaço verde, recinto, onde se encontra a capela e onde se realizam diversas festas ao ar livre para além dos festejos à padroeira. Enquadrado, há também “um chafariz onde correm águas cristalinas, provenientes de uma nascente no meio da serra” (Catarina Silva).
Atividades: festa de Santa Eufémia, passeio cicloturístico anual, passagem de ano, S. Martinho, a Rota da Água, entre outras, reunindo assim a população “num bom ambiente de convívio e animação”.

Costuma a Associação participar na Feira do Vinho e da Vinha em Anadia, na Feira Gastronómica de Avelãs de Cima e nos torneios de futebol da freguesia.

Fonte: “Avelãs de Cima – O lado da história” de Armor Pires Mota