Centro Social Cultural e Recreativo da Freguesia de Avelãs de Cima

O Centro Social Cultural e Recreativo da Freguesia de Avelãs de Cima (CSCRFAC) pode dizer-se que nasceu em boa hora numa freguesia vasta e bastante dispersa, na altura, com grandes carências na área da solidariedade social, a nível das crianças e dos idosos. Os pais jovens, por vezes com empregos longe, não tinham onde deixar os filhos; por outro lado, com os filhos a trabalhar longe, os idosos ficavam sozinhos, um pouco abandonados à sua mercê e sofrendo na carne a dolorida solidão de todos os dias.

Tudo teve início em Agosto de 1980. A ideia, amadurecida, partiu de Carlos Alberto da Silva Martins que logo a soube semear e dinamizar junto de outros cidadãos que a souberam acolher e com o incentivo do presidente da Câmara de Anadia, Engº Sílvio Cerveira, que lhe fez a entrega de mil contos. Era o alicerce seguro, o empurrão definitivo.

Reunidas boas vontades e traçados objetivos, o CSCRFAC foi legalmente constituído por escritura notarial pública de 30 de Junho de 1981 no Notário de Anadia, João Tomás dos Santos Ferreira da Silva. Foram seus fundadores: Carlos Alberto da Silva Martins, Luís da Conceição Soares e José Luís Vieira Coelho, da Candeeira; Manuel Augusto de Almeida Lopes e Guilherme Abrantes da Cunha, de Canelas; José Augusto Martins Rosmaninho, Armando Henriques Pereira, Manuel Augusto Rodrigues de Almeida, Paulo da Silva Ferreira e Antero da Silva Ferreira, do Pereiro; Victor Sampaio da Silva e Manuel dos Reis Simões, da Figueira; Victor Manuel Martins de Almeida e Aníbal de Almeida Martins, de S. Pedro; Alfredo Henriques Ferreira Baptista, Manuel de Almeida Calado, António de Almeida Calado e Fausto Tavares Baptista, de Avelãs de Cima; António Fernandes de Melo, de Canelas; António Ferreira Martins, de Ferreirinhos; Albano Martins dos Reis e Francisco Tomás de Oliveira, de Boialvo; Manuel de Almeida Gonçalves, da Mata de Cima; Manuel de Almeida Calado, António de Almeida Calado e Fausto Tavares Baptista, de Avelãs de Cima; Mário das Neves, da Cerca; Abílio Abrantes Cardoso, de Pardieiro, e Mário Rogério dos Santos Silva, da Cerca.

No mesmo ato ficaram nomeados para a constituição da Comissão Instaladora: Carlos Alberto da Silva Martins (presidente), Manuel Augusto de Almeida Lopes (vice-presidente), José Augusto Martins Rosmaninho (secretário), Victor Sampaio da Silva (tesoureiro) e Victor Manuel Martins de Almeida, Alfredo Henriques Ferreira Baptista e Francisco Tomás de Oliveira (vogais).

Sendo uma associação de solidariedade social, tem como objetivo “contribuir para a promoção da população da freguesia”(…) “através do propósito de dar expressão ao dever de solidariedade e justiça social entre os indivíduos e com a finalidade de facultar serviços ou prestações de segurança social, propondo-se manter, entre outras, as seguintes atividades: assistência, proteção e apoio à infância e à terceira idade, abertura de um posto médico para os serviços clínicos gerais, promoção cultural e fomento do desporto” – lê-se no Diário da República, de 14 de Agosto de 1981, nº. 186, III série, que legalizou a instituição, cujos Estatutos foram registados no ano seguinte no “Livro das Associações de Solidariedade Social”, sob o nº.38/82 a folhas 136 e 136 verso, da Direcção-Geral da Segurança Social.

Iniciou a sua atividade em Agosto de 1993 com o funcionamento do Centro de Dia. Posteriormente com Creche, ATL e Jardim-de-Infância.

O Centro Social veio preencher assim, paulatinamente, mas com segurança, todas as lacunas existentes e preocupantes, acabando, não só por dar uma resposta de grande qualidade, mas também por gerar a criação de postos de trabalho. Com 60 funcionárias é, sem dúvida, da freguesia o maior empregador de mão-de-obra.

Centro Social, bem conhecido pelas boas razões, hoje é instituição também muito procurada por gente de fora da freguesia e constituiu-se numa grande aldeia dentro de S. Pedro (Rua das Palmeiras) com casario, equipamentos, ruas, jardins, parque automóvel e movimento.

Fonte: “Avelãs de Cima – O lado da história” de Armor Pires Mota